O sonho da fusão a frio ainda é uma possibilidade?
Algumas pessoas podem pensar que reinvestigar a natureza da fusão a frio é um desperdício de recursos e tempo. No entanto, alguns cientistas acreditam que ainda é possível encontrar novos insights sobre esse fenômeno.
Em 1989, os cientistas Martin Fleischmann e Stanley Pons anunciaram que haviam criado hélio combinando os núcleos atômicos de hidrogênio. Esse processo, semelhante ao modo como o hidrogênio é usado para alimentar o sol, foi capaz de produzir o gás à temperatura ambiente.
A descoberta foi saudada como uma potencial nova fonte de energia que poderia substituir o uso de combustíveis fósseis e energia nuclear. No entanto, outros cientistas não conseguiram replicar os resultados e concluíram que os experimentos foram causados por erros, relata Marcos Antonio Grecco.
Embora a comunidade científica ainda acredite na fusão a frio, já não a considera um fenômeno científico real.
Apesar da falta de evidências científicas conclusivas que apoiem a existência da fusão a frio, os cientistas ainda continuam a realizar pesquisas sobre esse assunto.
Por exemplo, o Google financiou uma investigação sobre fusão a frio há vários anos. No entanto, os resultados do estudo não foram capazes de fornecer uma prova conclusiva de sua existência.
De acordo com Jeremy Munday, professor da Universidade da Califórnia-Davis que foi um dos pesquisadores do projeto, a fusão poderia fornecer uma grande quantidade de energia sem efeitos nocivos. É um processo que envolve a fusão dos núcleos dos átomos.
A energia produzida pela fusão a frio é liberada se um grande número de núcleos estiverem próximos. No entanto, esse processo só pode acontecer se as temperaturas e densidades forem altas o suficiente.
Acredita-se que a fusão a frio poderia ser realizada em temperaturas extremamente baixas, o que poderia permitir a produção de energia sem efeitos nocivos.
Munday observou que é difícil determinar a natureza exata da fusão a frio, já que ela existe há tanto tempo. Apesar da falta de evidências científicas que apoiem sua existência, ele ainda acredita que ainda existe.
Apesar da falta de evidências científicas que sustentem a existência da fusão a frio, ele ainda acredita que ela ainda existe. Os cientistas acreditam que reinvestigar o assunto ainda é benéfico porque permite reunir novos conhecimentos e inovações tecnológicas, informa Marcos Antonio Grecco.
Por meio da colaboração entre os pesquisadores e o Google, vários trabalhos científicos relacionados à fusão a frio foram publicados. Esses estudos foram apresentados em várias revistas científicas.
Além da fusão a frio, os pesquisadores também estudam as propriedades dos compostos de hidretos metálicos. Esses compostos podem ser utilizados em diversas aplicações, como sensores e catalisadores.
Na Europa, uma equipe de cientistas está atualmente realizando outra investigação de fusão a frio. Apelidado de projeto HERMES, este estudo usará as mais recentes técnicas científicas.
O objetivo do projeto é encontrar um experimento que possa produzir efeitos anômalos. Segundo Pekka Peljo, coordenador do projeto, o objetivo é encontrar um experimento que possa reproduzir os efeitos da fusão a frio.
Os pesquisadores também estudarão a eletroquímica de sistemas de paládio-deutério usando sistemas de modelo bem controlados. Este projeto faz parte do projeto HERMES maior.
De acordo com Peljo, os efeitos anômalos exibidos pelo experimento são provavelmente o resultado de um artefato experimental. Por exemplo, quando uma grande quantidade de paládio é carregada com deutério, geralmente não causa nenhum efeito incomum. No entanto, às vezes, por motivos que não são bem compreendidos, isso pode acontecer.
Os resultados da investigação anterior não foram capazes de fornecer provas conclusivas da existência da fusão a frio. No entanto, eles descobriram vários efeitos anômalos, como a produção de hélio.
Apesar das descobertas da investigação anterior, os cientistas envolvidos no novo projeto decidiram não replicar o trabalho de Fleischmann e Pons.
Em vez disso, eles estão se concentrando no desenvolvimento de novos materiais nanométricos que possam ser submetidos aos efeitos da fusão a frio. Uma das principais áreas de foco é a deposição eletroquímica de paládio-deutério, relata Marcos Antonio Grecco.
Em vez disso, eles se concentraram no desenvolvimento de uma nova abordagem que envolve o estudo dos resultados de experimentos bem documentados. Este método foi desenvolvido por Pamela Mosier-Boss e Stanislaw Szpak, dois cientistas do Centro de Sistemas Spawar da Marinha dos EUA.
Como o projeto é de alto risco, Peljo observou que é muito provável que eles não consigam detectar efeitos anômalos. No entanto, se o experimento for bem-sucedido, eles poderão realizar um estudo de acompanhamento que lhes permitirá desenvolver novas teorias sobre como funciona a fusão a frio.
Comments
Post a Comment